Por: Daniela Sepúlveda
Trata-se de um transtorno, chamado de transtorno da personalidade narcisista, o qual atinge muitas pessoas na sociedade, pessoas estas que não medem limites nem esforços para alcançarem o que almejam.
Geralmente quem sofre desse transtorno são seres egoístas, agressivos, insensíveis e que não demonstram empatia ou afeto por ninguém. São criaturas egocêntricas e que se acham superiores aos demais, mas que se fantasiam de anjos no começo de relacionamento (amoroso, amizade, trabalho) e depois fazem da vida de qualquer ser humano, um caos.
Trata-se de um transtorno, o qual está no nível de desorganização da personalidade, que significa que as funções do próprio eu de auto-observação, estão totalmente comprometidas.
Um narcisista nunca irá se identificar com os traços narcisistas e nunca vai admitir que sofre de tal transtorno. Eles se acham perfeitos e superiores a todos. Para eles as pessoas ao seu redor tem um único intuito: servi-los. Amam ser admirados e bajulados.
Os narcisistas possuem um senso exagerado de sua própria importância, buscam incansavelmente pelas suas próprias necessidades (sem ter limites de ética e nem se preocuparem com o próximo); são pessoas inseguras e que possuem dependência de afeto e amor do outro, com o intuito de manter o sentido de si mesmo.
Nos relacionamentos amorosos, a maioria dos narcisistas são seres que precisam ser validados pelo sexo oposto. Fazem tudo para conquistar um alvo (pessoa que ele escolheu para suprir suas necessidades financeiras ou sexuais), usam as pessoas e fazem um relacionamento amoroso ser um relacionamento bem tóxico, abusivo e, muitas vezes, com violência psicológica, pois não sabem amar.
Possessividade e ciúmes doentio rodam esses seres sem luz, que chegam na vida da parceira fazendo um total love bombing (bombardeio de amor), o qual diz respeito a uma tentativa de demonstrar atenção e afeto que ocorre no início do ciclo de abuso, mas depois vão mostrando suas garras e verdadeiras faces, más, egoístas interesseiras e agressivas, sem respeitar sua vida, amigos, etc.
Normalmente o narcisista é abusivo, tóxico, manipulador e critica todos ao redor da parceira amorosa, afastam ela dos amigos e familiares, pois quanto mais isolada estiver sua vítima, mais ele pode manipular e subjugar, fazendo-a pensar inclusive estar ficando louca, devido às incertezas e controversas implantadas pelo narcisista.
Qualquer pessoa pode ser um narcisista e atualmente é bastante comum ouvirmos, marido, mãe, amiga, namorado e chefes narcisistas, mas devemos ficar atentos que nem tudo é narcisismo, pois existem também as pessoas naturalmente más, sem escrúpulos e isentas de caráter.
Normalmente os narcisistas ao escolherem suas “vítimas” amorosas, priorizam indivíduos sensíveis e com altos níveis de bondade e empatia. O narcisista se atrai muito pelas mulheres empatas (com forte grau de empatia) ou até mesmo as borderlines (dependentes de relacionamentos amorosos).
Na mitologia grega, Narciso era um herói do território Téspias, famoso por sua beleza e orgulho.
De acordo o Mito, Narciso era tão belo e vaidoso, que, após desprezar diversas pretendentes, ele acabou se apaixonando por seu próprio reflexo; tendo morrido de fome e sede à beira da fonte de água, onde via a sua imagem refletida.
O excesso de vaidade e falta de empatia pelos outros, pode ser totalmente prejudicial, pois geram orgulho e insensibilidade.
O transtorno da personalidade narcisista não tem cura, mas o tratamento com psicólogo e psiquiatra pode ajudar a se ter uma melhor convivência com essas pessoas na sociedade.
Daniela Sepúlveda (Jornalista/Psicóloga/ Psicanalista).
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